quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Os Agentes Econômicos e Suas Escolhas: um pouco de teoria à guiza de introdução ao próximo post.

      Quando estudamos economia passamos grande parte do tempo tentando entender como as pessoas fazem suas escolhas.   Embora já existam críticas contundentes à hipótese de que os agentes são racionais, não há dúvidas de que - salvo alguns malucos irrelevantes - que as pessoas buscam maximizar seu bem-estar.

          A maximização do bem-estar envolve - como já abordado aqui muitas vezes - um trade-off entre preço e satisfação.  As pessoas vão sempre preferir o que lhes dá mais satisfação ao menor preço. Como geralmente as coisas que mais satisfazem são as mais caras o dilema imposto é quanto a pessoa está disposta a gastar a mais pelo aumento da satisfação.  

             A escolha de vinhos nos dá um bom exemplo de como as escolhas ocorrem.   Ao entrarmos numa adega, encontramos diversos vinhos aos mais diversos preços.  Possivelmente, o melhor vinho custará mais de R$ 1000,00 e o pior ao redor de R$ 10,00.  A maioria das pessoas possivelmente vai preferir um vinho entre R$ 50 e R$ 100, devido ao orçamento e a qualidade do vinho. Eventualmente, para uma ocasião especial a pessoa pode dispor-se a gastar mais.  Em outras situações, tal como quando alguém quer fazer vinho quente ou sangria, possivelmente a escolha será por um mais barato.  Mas, sempre a escolha envolverá o preço e uma opinião sobre a satisfação que o vinho trará.
         
           Economistas ranzinzas vão tentar encontrar provas de irracionalidade, pois perceberão que algumas pessoas não teriam o escolhido o "melhor" vinho dado certo preço.   Embora isto realmente aconteça, o fato é que gosto não se discute e que também há um processo de aprendizado nas escolhas e este fato não invalida o contexto teórico, de forma suficiente.    

           Economistas mais radicais pressupõem um total egoísmo dos agentes acreditando que eles fazem suas escolhas independentemente dos impactos que causem nas outras pessoas.

             Economistas estudiosos sabem que altruísmo também traz satisfação e que portanto, o que as vezes parece irracional, não o é.

              Neste contexto - da teoria econômica - as pessoas em geral nunca tomam decisões ruins, já que de forma altruística ou egoísta sempre estão tentando fazer o que mais lhes satisfaz.

               Infelizmente, muitas vezes a satisfação de um causa prejuízo a outrem.  Para isso, foram criadas as leis e instituições: para garantir que a sociedade não seja "prejudicada" pelo egoísmo.

              O problema é que o governo é formado por pessoas, elas mesmas egoístas.  Então, ao invés do governo fazer escolhas em pró da sociedade as escolhas são determinadas pela satisfação pessoal dos governantes.  Daí que para entender como um governo "opera" é preciso entender a função de satisfação de seus membros (os indivíduos que o compõem).  Quando penso nisso fico assustado !!

                


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