quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Os Desafios e consequências dos Juros Reais (parte I – O caso do poupador)



No gráfico a seguir vemos os juros reais – ex post – de 12 meses.  O que ele mostra é o quanto o CDI acumulado 12 meses rendeu acima da inflação acumulada (medida pelo IPCA) em 12 meses também.

Nele podemos ver que o rendimento médio do CDI acima da inflação tem apresentado uma tendência de queda importante. Grosso modo, podemos ver que os juros reais na década de 1990 foram acima de 15%a.a. e, na primeira década deste século ficaram ao redor de 10% a.a.. Nesta década, os juros reais médios ficaram ao redor de 5% a.a..

Mas, passado é passado. O que importa é o futuro.  Com a nova queda na taxa Selic, para 7,5%, o juro real bruto (sem descontar os impostos) ficará ao redor de 2% a.a.  Para os padrões internacionais atuais, ainda é alto, para nossa história, tremendamente baixo, uma novidade.

O fato é que, os poupadores precisam se reinventar agora.  Eu mesmo, que trabalho a mais de 20 anos no mercado financeiro, deixei meu dinheiro na maior parte do tempo investido em ativos indexados ao CDI, pois tinham baixo risco e alto retorno.   Quem investiu sistematicamente na Bolsa na década de 1990, provavelmente obteve rendimentos abaixo do CDI, com muito risco. Situação que pouco mudou na década passada.  No gráfico a seguir temos o IBOVESPA ajustado pelo CDI, pode ser ver pela média móvel que quem tivesse comprado todo mês, durante as últimas décadas, um pouco de bolsa, praticamente teve o mesmo retorno do CDI.

No outro gráfico, onde temos o Dolar corrigido pelo juros americanos e descontado o CDI, podemos ver que quem comprou dólares e aplicou o dinheiro em FED FUNDS (a taxa “Selic” americana), perdeu muito em relação ao CDI. 

Enfim, não havia dúvidas: o  CDI era a melhor opção.
                                         --------------  x  --------------------------
Antigamente, eu fazia conta de quanto dinheiro eu precisava guardar para ter uma aposentadoria confortável, sem risco, vivendo só de juros.  A conta era simples, se eu quisesse ter uma aposentadoria de R$ 5000,00 por mês (mais a aposentadoria do INSS) com juros reais de 6% a.a. eu precisava poupar R$ 1.000.000,00.  Agora, para ter a mesma aposentadoria vou precisar poupar por volta de R$ 3.000.000,00. Na tabela a seguir, vemos quanto precisaríamos poupar para ter uma renda de R$ 5.000,00 ao mês, dada uma expectativa de juros reais.

Juro Real
Poupança
6%
         1.000.000
5%
         1.200.000
4%
         1.500.000
3%
         2.000.000
2%
         3.000.000
1%
         6.000.000

Cabe ressaltar, que esta conta que eu fazia considerava que eu jamais iria mexer no principal aplicado (ou seja, o valor de minha poupança viraria herança no final de minha vida) e que ela não considera impostos, ou de outra forma, a conta considerava apenas os juros reais líquidos.

Esta conta é diferente da conta que faz um plano de previdência que leva em consideração a expectativa de vida (isto é, o principal é também consumido durante o tempo de aposentadoria). Abaixo, fiz uma tabela hipotética de quanto um indivíduo precisaria poupar, considerando que ele se aposentasse aos 60 anos, com expectativa de viver até os 95 anos.

Juro Real
Atuarial
8%
       703.966,69
7%
       782.648,55
6%
       876.901,13
5%
       990.711,73
4%
   1.129.242,37
3%
   1.299.206,84
2%
   1.509.375,78

Esta segunda conta é importante para os planos de pensão públicos e privados.   Os novos juros reais aumentam a necessidade de composição de reservas em 1,6x aproximadamente. Ou seja, um fundo de pensão que imaginava que com um patrimônio de R$ 1 bi poderia arcar com suas necessidades atuariais, agora precisará de R$ 1,6 bi.

O importante a ressaltar é que a moleza acabou. Agora há necessidade das pessoas serem exorcizadas do CDI e começarem a pensar em novas alternativas de investimentos e diversificação.  Infelizmente, o mercado é cheio de riscos, então, o mais importante é que agora as pessoas vão precisar perder tempo e estudar para aplicar seu rico dinheirinho.  Juntar R$ 1 milhão não era fácil, juntar R$ 2,5 milhões é muito mais difícil (bem mais difícil que a aritmética faz parecer, já que o dia não será esticado para 60 horas = 24horas x 2,5 ).

O tesouro direto, as NTN-b´s que vencem em 2050, são uma (apenas uma) das possíveis opções para quem pensa em poupar para a aposentadoria. Ações devem ser pensadas.  Fundo Imobiliários e CRI´s são outras opções.  Mas, existem muitas mais. É hora de estudar, de ler, de sair do conforto da agência bancária do bairro e procurar opções.  As únicas dicas que dou é: se tiver dúvidas do risco não invista. Se tiver muita certeza de que um investimento é bom, questione mais, pergunte para outras instituições, pesquise na internet. As armadilhas são muitas. Não fiquem parados.

Além das consequências para os poupadores diretos, há outras para o mercado como todo.  Uma delas, abordei indiretamente quando falei dos fundos de previdência e planos de pensão. .  A maioria deles trabalhava com os tais juros reais de 6%, que não existem mais. Eles vão precisar rever as contribuições de associados e mantenedoras, para cima, e precisarão também diversificar ainda mais seus portfólios.

Outra consequência é sobre a indústria de fundos. Para as Assets e os Bancos continuarem a serem remunerados, eles também vão precisar modificar seus produtos, para poderem continuar a cobrar taxas de administração próximas e acima de 1%.  Os fundos sem liquidez diária vão começar a virar rotina e, por conta disso, nós poupadores também teremos de sair do conforto. 

Os juros também afetam as decisões dos investidores/empreendedores, de duas maneiras diretamente associadas.  De um lado pela redução do custo de oportunidade, isto é, se antes um negócio que rendia, por exemplo, 10% a.a. acima da inflação não valia a pena pois ele preferia aplicar no CDI, agora vai começar a compensar.  De outro lado, o custo de capital também se reduz, se antes um empréstimo lhe custava 10% a.a. (por exemplo) acima da inflação, talvez agora ele passe a custar 8% a.a., tornando aquele negócio que rendia 10% viável.

É no lado do investimento real que os fatores positivos da queda dos juros se manifesta.  Por outro lado, (de novo este “mas” – Truman certa feita teria dito que queria um economista maneta, já que os economistas usavam constamente a expressão ”On the other hand”), para que isto ocorra, outras condições são necessárias.  Primeiro, os investidores precisam acreditar que o juro baixo veio para ficar (isto demora um pouco e depende das expectativas com a inflação). Segundo, os empresários precisam acreditar que haverá demanda no futuro para seu produto. Terceiro, é preciso haver oferta de infraestrutura e estabilidade institucional. Isto será tema de um próximo post.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

COTAS NA EDUCAÇÃO: UMA OFENSA À CONSTITUIÇÃO E A HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO


Ontem foi aprovado no Senado projeto de Lei que regulamenta cotas, determinando que 50% das vagas em universidades federais serão destinadas a quem cursou integralmente o segundo grau em escolas públicas, que se junta às cotas raciais.

Primeiramente, a  Constituição brasileira determina:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...”
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”
E sobre a educação rege a Carta Magna o seguinte:
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
        Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Art. 207. As universidades gozam de autonomia “

Para não ser longo, vou poupá-los da interpretação do texto e da óbvia afronta à constituição que é esta lei. 

Vivemos numa era onde as aparências sobrepujam as razões.  Ser ‘politicamente correto’ – seja lá o que for isso – é a atitude aplaudida e reverenciada.   Assim a defesa das minorias e dos oprimidos rende votos e notoriedade, independentemente da lógica e da moral.  Como consequência disto, é mais comum vermos políticos na Marcha GLBTS (espero não ter esquecido nenhuma letra para não ser acusado de discriminação), defendendo a pluralidade do que políticos na porta do Supremo defendendo a Legalidade e a Justiça.
 
Óbvio que sou a favor dos direitos e liberdades invioláveis dos cidadãos. “Todos são iguais”, brancos, amarelos, vermelhos, negros, heteros ou homossexuais.  Não importam a cor da pele, as preferências religiosas, as opções sexuais ou políticas, TODOS SÃO IGUAIS.  Eu acredito mesmo nisso!

Por acreditar que independentemente de qualquer coisa a raça humana é uma coisa só, não vejo sentido em leis específicas. Por exemplo, eu acredito que a agressão a qualquer pessoa é deplorável e deve ser punida igualmente, independentemente do agredido.  Ou seja, o agressor é culpado pelo ato que cometeu independentemente de quem foi a vítima, caso contrário criamos uma regra onde é melhor bater num homem branco, classe média, católico, heterossexual... só nos outros é que não pode bater.  Não faz sentido, a agressão é igualmente errada, tal como qualquer vítima (seja negro, branco, amarelo, etc...) é vítima.  Portanto, mais fácil é ter uma lei simples “qualquer tipo de agressão, que não por legítima defesa, será punida com x anos de cadeia”.  Leis mais simples, resultam em aplicação mais fácil.

Quanto à uma suposta dívida histórica que teríamos com negros e índios é uma grande bobagem. Não por que não tenha havido exploração, mas por que, infelizmente a exploração de um povo por outro faz parte da história humana.  Assim, se procurarmos na história ou nos antepassados de qualquer um, encontraremos escravos ou servos, povos subjugados, massacres. Daí uma conclusão óbvia todos somos devedores de todos.

Mas, para nos limitarmos à história mai recente, eu que descendo de russos talvez tivesse direito de pedir benefícios já que milhões de russos foram mortos pelos nazistas e depois foram explorados pelo regime comunista ditatorial.  Meu colega de trabalho, descendente de armênios poderia pedir tratamento especial já que seu povo foi quase exterminado.  Os japoneses e italianos que chegaram a São Paulo sofreram nas fazendas onde trabalharam arduamente quase como escravos.  Os judeus fugidos do nazismo vieram buscar asilo no Brasil, mas alguns (e.g. Olga Benário) devido às relação dúbias do Governo Brasileiro foram entregues ao governo nazista...  Católicos foram caçados pelos Romanos.  Protestantes foram caçados por católicos.  Espíritas foram estigmatizados pelo estado laico-católico brasileiro.   

Se formos procurar na história por fatos, descobriremos que a humanidade deve para ela mesma.  Por isso, discutir o presente com base nos débitos passados não leva à evolução alguma, e sim a dissolução da humanidade.  Para a humanidade evoluir o princípio da igualdade tem de perseverar. TODOS SÃO IGUAIS, simples assim.  Não  dá para ser todos são iguais, mas eu tenho um direito a mais por que você me deve.  Não há como saldar débitos que são recorrentes e consequentes dos tratamentos desiguais.

Quanto às cotas nas universidade elas são um acinte!  Talvez você que lê este texto seja um pai como eu, que matriculou seu filho numa escola privada, em busca de uma melhor educação (já que a escola pública na maioria das vezes é imprestável), e para isso, muitas vezes você se privou de outros gastos.  Talvez, você seja um estudante, como meu filho, que estudou e ralou e que agora, por que estudou num colégio privado no seu bairro, está vendo suas chances de entrar numa universidade PÚBLICA irem para o ralo.  A questão é:  você não teria preferido um colégio público ao privado se ele lhe desse a segurança e a educação que você acha necessárias?  E se, justamente, ao final do colegial, você perdeu seu emprego e sua condição social piorou: você acha justo que seu filho seja punido pela educação que você lhe deu no passado ?

A verdade é uma só: se o ESTADO cumprisse com suas obrigações provendo uma educação de qualidade esta discussão não existiria.  O problema está nos recursos mal gastos e desviados de seu destino, graças à corrupção e a impunidade garantida pelo SONO DA JUSTIÇA!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O OBSCURO MUNDO DAS FINANÇAS



Eu praticamente cresci no mercado financeiro, onde trabalho há 20 e tantos anos.  Mesmo assim, continuo estudando e, cada vez mais, me convenço das bobagens da academia.  Óbvio que existem ferramentas e teorias interessantes e práticas, mas muitas servem apenas para conferir uma aura de magia às Finanças, transformando os praticantes de sucesso em Magos.

Ontem, por exemplo, em uma aula de Finanças, cujo objeto de discussão era a alocação de portfólios dos indivíduos  dadas  suas funções de utilidade. O professor explicava o comportamento de certo tipo de investidor que decidia apenas a parcela que investiria em renda fixa ou renda variável, mas que manteria a composição da sua carteira de ações estáveis.  Sem mais delongas, um aluno decidiu debater se o investidor não decidia apenas o risco e o retorno esperado da sua carteira de ações, e que portanto, a composição desta carteira seria irrelevante, já que esta seria determinada por um modelo de otimização de portfólios...

 Para os não iniciados:  a função de utilidade de um investidor determina a escolha dos investimentos pelo indivíduo vis-à-vis o risco e o retorno de cada ativo.  Em geral, o dilema apresentado a qualquer investidor é escolher entre maior retorno ou menor risco. Assim,  a escolha do investidor ocorrerá de acordo com seu grau de aversão ao risco. A função utilidade do investidor determina o quanto aquele investidor se dispõe a correr de risco em troca de uma maior rentabilidade.

Evidentemente, cada pessoa ou investidor tem suas preferências. .   Um investidor totalmente avesso ao risco, provavelmente investiria todos seus recursos na caderneta de poupança, ao passo que um investidor com pouca aversão ao risco investiria, possivelmente, a maior parte de seus recursos no mercado de ações.  Estas “preferências” dependem de vários fatores, mas principalmente da riqueza de cada indivíduo. 

Enfim, a função de utilidade é um constructo abstrato – já que nenhum indivíduo conhece exatamente qual a sua – que serve apenas para modelar o comportamento dos investidores, a partir do qual serão construídas algumas teorias financeiras.

Voltando ao debate em sala de aula: PQP, VSF !   Em meus 20 e lá vai cacetada anos no mercado, eu não conheci nenhum investidor individual que  efetivamente fizesse escolhas tão racionais.  O próprio SHARPE (o principal expoente da teoria de carteiras) confessou que ele não fizera isso para seus investimentos e que simplesmente decidira por uma regra de bolso pondo x% em renda fixa e y% em renda variável !!   Tremenda discussão inútil as 22:15hs de quarta-feira.   Em resumo, prefiro dormir a ouvir bobagem: levantei e fui pra casa.

Voltemos à obscuridade das Finanças.  Por incrível que pareça, graças aos baixos custos da computação, os modelos e as teorias de finanças tem evoluído e cada vez mais o pessoal de finanças acredita que são engenheiros espaciais e que tudo se resolve com equações.  De outro lado, movidos pela necessidade da venda de ativos e de suas criações, são necessários novos conceitos e teorias para justificarem-se preços elevados para coisas que pouco valem.

Um relis exemplo é o EBITDA. É uma coisa esdrúxula, propagada nos fins dos anos 90 para tentar justificar a bolha do NASDAQ.  Eu que estudei contabilidade na FECAP com a imortal DNA Lydia, em 1985, tenho dificuldade de entender quem calcula o valor de um negócio com base no EBITDA (neste sentido estou bem acompanhado, Warren Buffet também acha este conceito absurdo).  Querem ver?  EBITDA é uma sigla que quer dizer Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortizations, em português, Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações.  Legal.  Eu abro uma empresa, invisto R$ 100 mil, tomo R$ 100 mil emprestados e no final do ano vejo meu EBITDA, de R$ 10 mil e fico feliz, afinal não preciso pagar os juros de meus empréstimos, nem o imposto e nem repor máquinas e equipamentos...Se a empresa deu prejuízo é mero detalhe!

Para mim, se sou acionista o que importa é o que sobra para mim: o LUCRO LÍQUIDO.  Óbvio que o lucro contábil precisa sofrer ajustes, já que regras fiscais e “GAAP’s” ou princípios contábeis legais as vezes mascaram parte da realidade.  Mas, certamente, o EBITDA não melhora nada.

Outra bobagem, comum, esta, não dos financistas acadêmicos mas, dos praticantes de mercado é a falácia dos dividendos.  Esta me mata de rir...   Hoje em dia, está na moda.  Já te ofereceram um Fundo de ações que investe em ações que pagam dividendos elevados? Você já leu algum artigo nos últimos 30 dias de analistas recomendando ações que pagam dividendos?  Você já viu gráficos de como as ações que pagam dividendos tem um desempenho bem melhor que a bolsa.  Então, tudo bobagem.  O quanto uma empresa paga de dividendos é irrelevante para a determinação do seu valor.  Acreditem em mim.

Não vou desenvolver a ideia, posto que este texto já está muito longo. Aos amigos que queiram explicações: me peçam diretamente ou deixem comentários que eu explicarei e responderei.

Para terminar, uma das conclusões a que sempre volto é que em termos de finanças é melhor ler textos antigos que novos.  Para mim, são três os papas das finanças: Ben Graham, Modigliani e Miller(todos eles escreveram seus principais textos muito antes da década de 80).   Em termos de otimização de portfólios Sharpe, merece ser lido. E conselho sobre finanças só tenho um: “Seja Simples”!